quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Um milhão de crianças tem desnutrição grave na África, diz UNICEF

A agência da ONU apelou para fundos humanitários de emergência para sete países


  A ONU lançou, nesta terça-feira, um apelo para constituir um fundo de US$ 7,73 bilhões para cobrir a ajuda humanitária em 2016 para 22,5 milhões de civis que vivem na Síria, ou refugiados nos países vizinhos e nas comunidades que os assistem.
  Segundo um comunicado, a quantia seria suficiente para ajudar 13,5 milhões de sírios afetados, ou deslocados, pela guerra deflagrada no país há cinco anos, assim como os 4,7 milhões de refugiados e 4 milhões de integrantes das comunidades que os acolhem.
  Um plano regional para os refugiados dotado de US$ 4,55 bilhões será destinado a financiar as atividades de cerca de 200 instituições, entre elas as agências especializadas da ONU e ONGs de Turquia, Líbano, Iraque, Jordânia e Egito.
  "Devemos evitar que os refugiados se afundem cada vez mais na miséria, (devemos) voltar a lhes dar esperanças e fazer mais por quem ajudam-nos", afirmou o alto comissário da ONU para os Refugiados (da Acnur), Filippo Grandi. 
  Este ano, o destaque será na educação e na cobertura das necessidades dos refugiados em situação mais vulnerável.
Quase um milhão de crianças na África Oriental e Austral sofre de "desnutrição aguda grave" depois de dois anos de seca, alertou nesta quarta-feira (17) o Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF.
  As crianças das regiões leste e sul do continente enfrentam uma situação de falta de alimentos e de água, agravada pelo aumento dos preços, que força as famílias terem que pular refeições e vender os bens que têm para adquirir alimentos. A "desnutrição aguda grave" é definida como fome extrema e é a principal causa de morte das crianças até aos 5 anos no mundo, segundo a UNICEF.
  Angola é um dos países que suscitam a preocupação da ONU, com cerca de 1,4 milhões de pessoas afetadas por condições meteorológicas extremas e cerca de 800.000 que necessitam de ajuda alimentar, a maioria nas províncias mais áridas do sul do país.
  A agência da ONU apelou hoje para fundos humanitários de emergência para sete países. "O fenômeno meteorológico El Niño vai diminuir, mas o custo para as crianças -- muitas das quais já lutavam pela sobrevivência -- será sentido durante anos", disse a diretora regional da UNICEF, Leila Gharagozloo-Pakkala, citada pela agência France Presse.


Nenhum comentário:

Postar um comentário