segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Igreja católica recebe mais de 400 queixas de pedofilia desde 2012 e as Cartas do Papa João Paulo 2º

Em 2012, 286 pessoas apresentaram-se num destes pontos de contacto. Em 2013, eram 37 e em 2014-2015, 95.


  A Igreja católica na Bélgica recebeu, desde 2012, mais de 400 queixas de supostas vítimas de abusos sexuais cometidos por padres quando eram menores, anunciaram nesta segunda-feira (22) responsáveis católicos.
  
Em abril de 2010, o antigo bispo de Bruges Roger Vangheluwe confessou ter abusado de dois sobrinhos e apresentou a demissão. Esta confissão desencadeou a apresentação de milhares de testemunhos sobre abusos sexuais cometidos por padres ou membros de congregações religiosas ao longo de décadas na Bélgica.

 Acusada de ter mantido o silêncio sobre os crimes e confrontada com uma crise, a Igreja decidiu, no início de 2012, apostar na transparência e convidou as vítimas a se apresentarem através de dez "pontos de contato", comprometendo-se num processo de indenização.
  
Em 2012, 286 pessoas fizeram esta apresentação. Em 2013, eram 37 e em 2014-2015, 95.
Ao todo, foram feitas 418 "comunicações" no período 2012-2015, disseram, em conferência de imprensa, o bispo de Tournai (oeste), Guy Harpigny, e de Antuérpia (norte), Johan Bonny, na apresentação de um novo relatório anual das iniciativas da Igreja no assunto.
  
As supostas vítimas são, de um modo geral, relativamente idosas - 87% tinham mais de 40 anos e 41% mais de 60 - e 71% eram do sexo masculino. Os fatos denunciados ocorreram há mais de 30 anos, em 80% dos casos.

 Na altura dos crimes, 89% das supostas vítimas tinham menos de 18 anos e 23% menos de dez. Os dois bispos pediram a outras eventuais vítimas "para se manifestarem" e "acabarem com o tabu".


Cartas mostram relação próxima entre João Paulo 2º e mulher casada


Centenas de fotos e cartas contam a história de uma relação próxima e que durou mais de 30 anos entre uma mulher casada e o Papa João Paulo II, uma das figuras mais influentes do século XX.  O conteúdo das cartas foi divulgado com exclusividade pela rede britânica BBC.
A filósofa americana de origem polonesa, Anna Teresa Tymieniecka e o então cardeal polonês Karol Woitila, arcebispo de Cracóvia, se conheceram em 1973, quando ele escreveu um livro de filosofia. Iniciou-se uma correspondência muito produtiva e ela decidiu deixar os Estados Unidos e ir para a Polônia, ajudar na revisão de um dos textos do livro de Woitila.Durante 30 anos, o Papa Joao Paulo II trocou cartas íntimas com uma mulher casada. A revelação da BBC, no entanto, faz uma ressalva: não há nenhum sinal de que ele tenha violado o voto de castidade.
No início as cartas do cardeal eram muito mais formais, mas, como mostra a BBC, com o nascimento da grande amizade, as cartas tornaram-se mais íntimas. Os dois se encontravam frequentemente, muitas vezes na presença do secretário, às vezes sozinhos.
Segundo a BBC, Anna Teresa teria declarado os seus sentimentos, a Woitila, que teria tentado dar uma direção de amizade à relação. Trezentas e cinquenta cartas estão arquivadas na Biblioteca Nacional da Polônia.
Várias fotografias foram encontradas, depois da morte da filósofa, em 2014, em que ela aparece esquiando ao lado de Woitila, ainda cardeal e nos corredores do Vaticano. Em outras fotos os dois estavam acampando juntos.
Em uma carta de 1976, dois anos antes de ser eleito papa, Karol Woitila escreveu: “no ano passado procurei uma resposta a essas palavras: eu te pertenço" e finalmente, antes de deixar a Polônia, encontrei um modo, um escapulário, um paramento sacro" e Woitila doou o seu escapulário à Anna Teresa.
Por enquanto o Vaticano tomou distância do documentário da BBC a ainda não fez comentários. Fontes da Santa Sé esclarecem que se as cartas secretas estão arquivadas numa biblioteca pública é por que contém um conteúdo aceitável. Senão teriam sido analisadas antes dos processos de beatificação e canonização de João Paulo II.
O que dizer sobre isso???

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